A autossabotagem é um processo sutil, mas muito presente na vida de muitas pessoas. Ela acontece quando, mesmo desejando alcançar algo — seja um objetivo pessoal, profissional ou emocional —, a própria pessoa adota comportamentos ou pensamentos que a afastam do que deseja.
Frases como “não sou bom o suficiente”, “isso não é pra mim” ou “vou falhar de novo” são comuns em quem se sabota constantemente. Esse padrão geralmente tem raízes em experiências passadas, traumas, baixa autoestima ou crenças limitantes construídas ao longo da vida.
A autossabotagem pode se manifestar por meio da procrastinação, da autocobrança excessiva, da dificuldade em manter relacionamentos saudáveis, da necessidade de agradar os outros o tempo todo ou mesmo do medo de mudanças.
Na psicoterapia, é possível investigar as origens desses comportamentos e trabalhar na construção de uma nova forma de pensar e agir. Com o apoio profissional, o paciente aprende a reconhecer suas crenças negativas, reformular sua forma de se enxergar e desenvolver estratégias práticas para agir com mais segurança e autonomia.
Romper o ciclo da autossabotagem é um processo que exige paciência e autocompaixão. Mas, com apoio terapêutico, é possível construir uma nova narrativa de si mesmo — mais leve, mais consciente e mais próxima do que realmente se deseja viver.